Não perca os cabelos! Saiba tudo sobre a Calvície Feminina
Os cabelos são muito importantes para todos, mas na maioria das vezes são as mulheres que mais sofrem com sua perda. Cabelos sedosos, volumosos, são o desejo de todas, mas quando começam a cair e diminuir a quantidade, gera estresse e muita ansiedade.
As mulheres podem ter calvície? Infelizmente sim, em uma frequência menor do que os homens, chegando a atingir cerca de 8-25% das mulheres. A calvície feminina, também conhecida como Alopecia Androgenética Feminina (AAF), assim como a masculina, é determinada pela herança genética e padrões hormonais.
Ao longo dos anos, muitas vezes de forma sorrateira, ocorre afinamento e rarefação progressiva dos fios de cabelo, processo chamado de miniaturização dos fios. É comum surgir logo na adolescência, devido ao aumento dos hormônios sexuais, ou após menopausa.
Geralmente, a predisposição de desenvolver a calvície feminina provém de um histórico familiar (mãe, avós, irmãs etc.), fazendo com que exista a rarefação capilar, ou seja, fica mais fácil enxergar o couro cabeludo. Os hormônios masculinos (andrógenos) podem estar aumentados na corrente sanguínea, ou, algumas vezes, encontram-se normais, porém o fio de cabelo tem uma resposta exagerada a esses hormônios, levando a queda.
A localização das áreas de calvície nas mulheres é diferente da encontrada nos homens. Ocorre mais frequentemente em toda região superior do couro cabeludo, com menor tendência de formar as famosas “entradas”. A queda de cabelo pode ser mais difusa em todo couro cabeludo. Na maioria dos casos devem ser investigados causas de anemia (deficiência de ferro), alterações da tireoide, síndrome do ovário policístico, uso de drogas, perda de peso rápida, etc.
Existem diversas formas de tratamento da AAF, na grande maioria das vezes devem ser associados diferentes medicações para atingir um resultado mais satisfatório. O minoxidil é a medicação mais utilizada (e com melhor resposta ao tratamento), mas podem ser usados derivados do estrógeno (17 α estradiol), ambos com aplicação direta no couro cabeludo.
As medicações antiandrogênicas, como a ciproterona, neutralizam a ação desses hormônios masculinos, podendo ser usada isolada ou em conjunto ao estrógeno nas pílulas anticoncepcionais. Outra opção é a espironolactona, um diurético (aumenta um pouco o volume de urina), que compete com os hormônios masculinos neutralizando suas ações, com resultados satisfatórios.
A finasterida é muito utilizada para tratar a calvície masculina e, em alguns casos, pode ser usada no caso da calvície feminina, porém em doses maiores. Deve-se evitar a gravidez quando usada em mulheres antes da menopausa.
Atualmente temos disponíveis algumas novas tecnologias para auxiliarem no tratamento da AAF. A fotobioestimulação com LED pode ser associada aos demais tratamentos,
deve ser feita por 20 minutos, 1x/semana no início do tratamento, depois uma manutenção conforme orientação médica.
Outro tratamento disponível é a Intradermoterapia, ou seja, são aplicadas medicações (biotina, finasterida, minoxidil, etc) diretamente no couro cabeludo para estímulo do crescimento dos fios. São indicadas sessões semanais ou quinzenais até boa recuperação da quantidade e qualidade dos fios.
O tratamento da calvície feminina (e da masculina) deve ser precoce para garantir a preservação da maior quantidade de fios saudáveis no couro cabeludo, na tentativa de se evitar, ou mesmo prorrogar, o transplante capilar.
O tratamento é prolongado e devem ser feitas diversas abordagens para um melhor resultado, além de uma investigação adequada das causas da queda de cabelo.
Para saber qual tratamento mais adequado para você, procure sempre sua Dermatologista!
Dra Cínthia Orasmo Dermatologista
CRM SP 134.438 / RQE 62.645